terça-feira, 23 de agosto de 2011

'' África, um país doente ''.


A África é o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e da América) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de 900 milhões de pessoas, representando cerca de um sétimo da população do mundo, e 54 países independentes. Apresenta grande diversidade étnica, cultural e política. Nesse continente são visíveis as condições de pobreza, sendo o continente africano o mais pobre de todos; dos trinta países mais pobres do mundo (com mais problemas de subnutrição, analfabetismo, baixa expectativa de vida, etc.), pelo menos 21 são africanos. Apesar disso existem alguns poucos países com um padrão de vida razoável, ainda assim não existe nenhum país realmente desenvolvido na África.[3] O subdesenvolvimento, os conflitos entre povos e as enormes desigualdades sociais internas, são o resultado das grandes modificações introduzidas pelos colonizadores europeus. Atualmente os países africanos mais desenvolvidos são Líbia, Maurícia e Seicheles, com qualidades de vida superiores a de muitos países da Europa. Ainda há outros países africanos com qualidades de vida e índices de desenvolvimento razoáveis, podendo destacar a maior economia africana, a África do Sul e outros países como Marrocos, Argélia, Tunísia, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Várias regiões de África são assoladas com frequência por crises de falta de alimentos, principalmente nas zonas rurais. Destacam-se as zonas subáridas do Sahel, desde a Mauritânia até ao Corno de África, e as que se encontram à volta do Deserto do Kalahari. Nestas áreas sucedem-se anos de seca, por vezes alternando com inundações que também destroem culturas, para além de obrigarem as populações a deslocar-se das suas zonas habituais.
Um continente que reúne condições altamente desfavoráveis. 29 dos 36 países mais pobres do mundo estão ao sul do Saara, uma região onde o PNB anual gira em torno dos 300 dólares per capita, enquanto a renda média anual dos países mais desenvolvidos do mundo ultrapassa 10 mil. Ao norte a situação é um pouco melhor e na África do Sul há uma comunidade relativamente próspera, mas de um modo geral, o quadro é bastante sombrio.        As taxas de mortalidade infantil são as maiores do mundo e o continente tem sido devastado pela seca e pela fome, como já temos visto no decorrer do Mega Arquivo. A ONU inclui a saúde e a alimentação entre os direitos básicos do ser humano. No entanto, passado meio século da criação da ONU, existem ainda enormes disparidades entre as condições dos países mais desenvolvidos e dos menos. 75% da população mundial vivem em países subdesenvolvidos e esse enorme contingente só tem acesso a 6% dos gastos mundiais com saúde.   A expectativa de vida no continente africano é de 48,6 anos, a menor do mundo. O percentual de africanos que vivem em pobreza absoluta aumentou de 82% em 1974 para 91% em 1982. Todo ano, 1,5 milhão de hectares são engolidos pelo Saara, além das doenças endêmicas transmitidas por moscas.             A produção de alimentos não consegue acompanhar o crescimento da população e o continente precisa importar anualmente 20 milhões de toneladas de cereais. Além das doenças tropicais, a África enfrenta outras doenças típicas de climas mais temperados. A malária mata quase 1 milhão de africanos por ano; 200 milhões estão infectados pela esquistossomose; há 5 milhões de leprosos, 1/3 da população está infestada de vermes e a anemia é tão comum que a taxa média de hemoglobina de seus habitantes é 15% menor que dos europeus. Mas tais dados apenas oferecem uma visão parcial das condições de saúde, a lista de doenças no continente é interminável. Deslocados pela seca, crianças e velhos perdem a esperança e ficam praticamente reduzidos a inanição, na imundície de abrigos improvisados.          


                     

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